Introdução à Constelação Familiar e Sistêmica Clínica – 60h

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Fórum – Fundamentos e Práticas em Constelação Familiar

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Constelação Familiar também conhecido como Constelações Sistêmicas e Constelações Familiares Sistêmicas, é um método pseudoterapêutico da medicina alternativa que se baseia em elementos da terapia familiar sistêmica e fenomenologia existencial.

Biografia resumida Bert Hellinger

 

Nascido em 1925, estudou filosofia, teologia e pedagogia. Sua formação religiosa levou­-o depois a ingressar em uma ordem religiosa católica. Mais tarde trabalhou como missionário na África do Sul. No início dos anos 70 deixou a ordem religiosa católica dedicando­-se então à psicoterapia. Através da dinâmica de grupo, da terapia primal, da análise transacional e de diversos métodos hipnoterapêuticos chegou à sua própria terapia sistêmica e familiar. Autor de best­sellers na Alemanha, possui mais de 14 livros em sua bagagem. “A Simetria Oculta do Amor” foi o primeiro livro a ser publicado no Brasil. Entre as suas atividades atuais está o seu trabalho com os sobreviventes do holocausto e suas famílias.

A Constelação Familiar como a entendo e prático, traz então à luz, no sentido das ideias básicas aqui apresentadas, onde estamos emaranhados e quais são os passos que conduzem ao desequilíbrio e solução. Todos estes passos têm a ver com o respeito pelos outros. Os assassinos são uma exceção. Devemos deixá-los partir do sistema para que possam juntar-se às suas vítimas. Ali eles encontram a paz.

Bert Hellinger

Caro aluno segue abaixo apostila para acompanhamento de nossa disciplina. Recomendamos que faça o download para o estudo! 

Se preferir faça o download do texto em pdf na opção imprimir (destino) salvar em pdf.

O trabalho com as Constelações Familiares

O trabalho com as Constelações Familiares “segundo Hellinger” em sua forma atual foi desenvolvida nos últimos 15 anos por Bert Hellinger. Baseia-­se no pensamento sistêmico que teve seu início com Gregory Bateson nos últimos 30 anos e que já foi também colocado em prática e desenvolvido por outros terapeutas. Para o tratamento terapêutico de um cliente é, portanto, necessário que sua família, o sistema em que está conectado seja levado em consideração. Em psicodramas o psiquiatra americano de ascendência romena Jakob Moreno descobriu através do teatro o significado das ligações sociais de seus clientes. Reconheceu que os problemas e distúrbios psíquicos de um ser humano têm relação com o seu ambiente. Da americana Virginia Satir, assistente social em Palo Alto provém a reconstrução familiar e a escultura familiar (entretanto não é idêntica à Constelação Familiar segundo Hellinger).

O Caminho do Conhecimento

Dois movimentos nos levam ao conhecimento. O primeiro se estende e quer abarcar algo até então desconhecido para dele se apropriar e dele dispor. O esforço científico pertence a esse tipo e sabemos quanto ele transformou, assegurou e enriqueceu o nosso mundo e a nossa vida. O segundo movimento se origina quando nos detemos, durante nosso esforço 3 em abarcar o desconhecido, e dirigimos o olhar, não mais para um determinado objeto palpável, mas para um todo. Assim, o olhar está disposto a receber, simultaneamente, a diversidade que se encontra à sua frente.

https://www.youtube.com/watch?v=VnlEtcFByyA

Qual tema para uma constelação familiar?

 

O tema para a constelação familiar é o assunto para o qual se deseja olhar através do atendimento em Constelação Familiar Sistêmica e Organizacional. A Constelação Familiar é um conhecimento filosófico que encontra aplicação no processo de desenvolvimento pessoal de cada pessoa. Também nos casos de empresas, o princípio é o mesmo: elas são uma forma de olhar para algo que impede a empresa de se desenvolver, apesar de todos os esforços, assim como pode mostrar e trazer informações importantes para a tomada de decisões dentro das organizações.

Este conhecimento surgiu através dos estudos do Psicoterapeuta e filósofo Bert Hellinger, há mais de quarenta anos.

“O que há de extraordinário nas constelações familiares é primeiramente o próprio método. É singular e fascinante observar, quando um cliente coloca em cena pessoas estranhas para representar seus familiares em suas relações recíprocas, como essas pessoas, sem prévias informações, vivenciam sentimentos e usam palavras semelhantes às deles e, eventualmente, até mesmo reproduzem os seus sintomas.” Jakob Schneider, no livro “A prática das Constelações Familiares.

Ele descobriu que sofremos uma influência “invisível” que surge a partir dos nossos vínculos familiares e anteriores, em especial num intervalo de quatro gerações (bisavós, avós, pais, filhos).

Essa influência existe principalmente por causa do nosso vínculo ao nosso sistema, e não está condicionado à convivência.

Dessa forma, Hellinger observou que acontecimentos difíceis a um bisavô podem ser repetidos pelo bisneto em sua vida, mesmo que estes dois indivíduos não tenham convivido.

Mesmo que eles tenham sequer se conhecido.

O Sistema (familiar ou organizacional)

 

Isso acontece pois, como observado por Hellinger, um sistema compartilha de uma memória inconsciente, que está acessível a todos que pertencem a ele.

Assim, quando algo acontece a alguém do sistema familiar, independente a geração que isso ocorreu, este acontecimento entra para a “memória de experiências deste sistema.

Isso serve para o que é bom e produtivo, e também para o que é ruim e destrutivo.

Com o que é bom, lidamos com muita facilidade. Nossas dificuldades surgem quando estamos identificados com um acontecimento difícil ou com algo que não nos permite prosseguir no caminho do êxito e da realização que buscamos.

Através do nosso vínculo – que é o laço que conecta a todos dentro de um sistema – podemos repetir o que foi difícil, numa busca inconsciente de aliviar ou resolver para o outro esta dificuldade que se manifesta no sistema. 

Essa é uma das principais descobertas de Hellinger sobre os relacionamentos, e quando essas “dores” ou dificuldades são colocadas em uma constelação, o essencial surge e poderá mostrar-se um caminho para que a pessoa ou empresa se libere das repetições ou da busca de compensar algum dano que não foi causado por ela.

“Trata-se de averiguar se no Sistema Familiar ampliado existe alguém que esteja emaranhado nos destinos de membros anteriores dessa família. Isso pode ser trazido à luz através do trabalhos das constelações familiares. Trazendo-se à luz os emaranhamentos, a pessoa consegue se libertar mais facilmente deles”.

Bert Hellinger, no livro “Constelações Familiares – Reconhecimento das ordens do amor.”

O que pode ser tratado em uma Constelação Familiar?

  Apesar do nome, constelação familiar, que começou como um tratamento focado apenas no sistema familiar, partindo do princípio de que a família é a base de tudo, ele já ultrapassou esse âmbito e alcança todos os sistemas dos quais fazemos parte. “É possível constelar com diversos objetivos, como melhorar a saúde financeira de uma empresa, interromper resistências ao desenvolvimento de um relacionamento, tratar doenças como depressão ou outros problemas específicos. Assim, hoje o termo mais utilizado é constelação sistêmica.”  

A psicoterapeuta enfatiza que a constelação amplia a capacidade de interpretação das pessoas, a percepção da realidade, assim como torna mais realista e livre de julgamentos a percepção que cada um tem sobre si e sobre o outro, como falíveis, como iguais, como companheiros de jornada, e não como vítimas ou algozes.

 

Passo a passo para montagem de uma Constelação Familiar

Primeira das etapas: definindo o problema

Em primeiro lugar, é necessário que o cliente apresente para o constelador qual a sua dor e por qual motivo ele decidiu buscar ajuda com um constelador. Assim, o profissional saberá de que ponto iniciar o processo e a melhor maneira possível para ajudar o indivíduo.

Segunda etapa: membros familiares

Após a apresentação do problema, o constelador e o constelado devem ter em mente quais são as pessoas daquele grupo familiar que fazem parte dador. Assim, verificando os membros familiares e os eventos causadores do trauma, a constelação começa a tomar forma.

 

Terceira das oito etapas: escolha dos representantes

Em uma sessão em grupo, o cliente irá escolher na plateia as pessoas que ele sentir identificação para fazerem o papel dos membros familiares originais. Em uma sessão individual, normalmente, são utilizados bonecos de artesanato, como biscuit ou MDF. Por isso, na sessão individual, serão escolhidos os bonecos que irão representar cada familiar.

Quarta etapa: montagem da constelação

Com os membros familiares devidamente representados, o cliente irá posicioná-los no espaço disponível, montando a constelação e buscando refletir acerca dos vínculos humanos apresentados.  Nesse momento, é possível que cada representante escolha qual a sua posição na constelação, a partir do que ele sente..

Quinta das oito etapas: busca da solução

Nessa etapa, algumas ideias começam a surgir, tanto para o cliente/paciente, quanto para os representantes e o terapeuta. Ou seja, é o início da busca por uma solução. Insights a partir da ação de cada representante começam a tomar forma. Assim, até que o caminho da solução comece a se destacar.

Sexta etapa: a solução

Chegando ao fim da sessão, a constelação é “remontada” com os representantes assumindo posições que irão trazer maior equilíbrio para aquele sistema familiar em questão. Assim, novas visões podem ser apresentadas e o cliente pode, por fim, começar a entender como melhorar a situação.

Sétima das oito etapas: fechamento

No fechamento, o cliente/paciente e os representantes podem dizer o que sentirem que é necessário ser dito. Isso, especialmente sob orientação do terapeuta. Aqui, nessa hora, os sentimentos são abordados, sobre como aquele representante se sentiu no papel daquele membro familiar específico e como isso afeta a pessoa constelada.

Última etapa: resolução

Por fim, é a hora da tomada de iniciativa do cliente. Agora, ele se compromete com a interpretação que teve ali e, dependendo do caso, terá atitudes a tomar daquele momento em diante. Assim, ele poderá solucionar sua dor ou problema familiar, e os emaranhados familiares poderão ser resolvidos.

#DicasparaoConstelação

– Acolhimento do paciente

– Estar em um posição de NÃO JULGAMENTO

– Observar e observar e observar

– Sempre deixe que o paciente faça movimentações e escolhas

Primeiro objeto de estudo e movimentação são os “PAIS”

Indicação de Livros

Simetria Oculta do Amor nos revela aspectos importantes para entendermos a forma sistêmica de uma relação. Tudo acontece com a apresentação de trabalhos teóricos e práticos para nos ajudar a mudar nossos hábitos. Assim que enxergamos nossas falhas, podemos fazer alterações na forma de dar amor e recebê-lo.

Estudar Constelação

É adentrar em um mundo novo, um presente que podemos nos dar, ao ter um olhar diferente para nossa vida, de um ponto de vista muito amoroso, sem julgamento e entendendo de fato o que muitas vezes nos move, mesmo que não tenhamos consciência do que estamos vivendo nos nossos processos mais internos.

Estudar Constelação

HIERARQUIA

A Hierarquia ou Ordem de Chegada, diz respeito a quem chegou primeiro na família. Portanto, os mais velhos merecem ser olhados com muito respeito e cuidado, pois foi através deles que a família veio se mantendo. Você pode dizer que agora eles já estão velhos e não sabem mais das coisas. Isso, em muitos casos pode ser verdade, mas mesmo assim devem ser respeitados nas suas decisões e necessidades. Eles chegaram primeiro!(…)

EXEMPLO:

Exemplo clássico de desrespeito da ordem de chegada é quando ocorre a separação do casal e um dos dois casa-se novamente. Os novos companheiros, nova esposa ou esposo, entram para a família como segundos na ordem de chegada.

Quando se observa que esses se comportam de forma a querer mandar em tudo e modificar muita coisa, falar mal dos ex-companheiros, isso traz muito desequilíbrio para o atual casal. Geralmente, os filhos, se existirem, não aceitam. A primeira esposa ou esposo, gostemos ou não, sempre farão parte da história daquela família e daquele relacionamento afetivo. Eles devem ser respeitados, independentemente do que aconteceu anteriormente.(…)

EMPLO:

PERTENCIMENTO

Pertencer é antes de tudo um sentimento natural, uma necessidade de qualquer ser humano.

Cada pessoa que nasce ou é vinculada a um sistema, necessita ser reconhecida como membro integrante e respeitada no seu lugar e papel dentro desse mesmo sistema.

No Sistema Familiar os membros são únicos e todos têm o direito de pertencer. Isso equivale dizer que ninguém pode ser excluído não importando suas características, dificuldades ou virtudes pessoais. Todos são importantes para o Sistema. Quando ocorre uma exclusão no sistema familiar acontece um desequilíbrio.(…)

LEI DO DAR E RECEBER

Também chamada de Lei do Equilíbrio de Troca, foi observada nos grupos sociais por Bert Hellinger, como algo de fundamental importância para o funcionamento e manutenção dos sistemas de uma forma geral.

Todo ser é dotado da capacidade de troca, oferecendo a outros seus dons, capacidades e habilidades e recebendo daqueles o que for importante para satisfazer suas necessidades de sobrevivência, crescimento e desenvolvimento.

Uma relação equilibrada, quando ambas as pessoas compartilham mutuamente, dando e recebendo aquilo que cada um é capaz, é uma relação que promove o amadurecimento a liberdade e o bem-estar.

Entre casais cuja dinâmica compromete a Lei do Dar e Receber, um dá mais ao outro do que ele ou ela possam retribuir, prejudicando assim, o equilíbrio de troca. Nesse caso quem deu demais, sente-se no direito de cobrar e quem recebeu demais, sente-se na dívida e tem dificuldade de permanecer na relação. (…)

Rupert Sheldrake é um dos biólogos mais controversos de nosso tempo. As suas teorias não só estão revolucionando o ramo científico de seu campo (a biologia), mas estão transbordando para outras áreas ou disciplinas como a física e a psicologia.

Teoria dos Campos Mórficos – Sheldrake propõe a ideia dos campos morfogenéticos, os quais ajudam a compreender como os organismos adotam as suas formas e comportamentos característicos.

Morfo vem da palavra grega morphe que significa forma; genética vem de gêneses que significa origem. Os campos morfogenéticos são campos de forma, campos padrões, estruturas de ordem. 

RESSÔNANCIA

Nossas crenças mais profundas, traumas e as percepções limitadoras que são gravados no subconsciente criam o nosso cotidiano. Podemos fazer muito pouco, se o que queremos em um nível racional é impedido pelo nosso subconsciente. Se temos medo de ser amados, se não conseguimos assumir um relacionamento, se nos convencemos de que somos incapazes ou que a vida é difícil, estas crenças fazem parte de nós e as emoções associadas a esses pensamentos são muito poderosos, atraindo energias semelhantes.

CONSTELAÇÃO NA PRÁTICA

Caro alunos segue abaixo material complementar. 

Segue abaixo leitura de textos complementares a esta disciplina de Pós-Graduação GAIO. 

Constelações Familiares em sua vida diária.

Leis do amor – Bert Helinger – Artigo.

Bert Hellinger desatando os laços do destino.

 

Ao final de cada disciplina o pós-graduando deverá realizar Prova Avaliativa (P.A) de 10 questões com múltiplas alternativas sendo sempre uma correta. 

A Participação em fóruns (P.F) É opcional, além de possibilitar um network e discussão na disciplina poderá complementar até 1.0 da nota total, caso o pós-graduando tenha obtido acima 70% na (P.A) e não tenha atingido a nota 10. A nota total da disciplina não ultrapassará 10 pontos. 

 

Dica para realização da prova avaliação: Estude todo material do curso e da apostila, bem como se possível faça a impressão para acompanhar os temas, as vídeoaulas e podcasts.  

Boa Avaliação Final de Disciplina