Anatomia e Neurofisiologia Humana – 60h

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Caro(a) aluno(a),
É com enorme satisfação que apresentamos a essa disciplina. Durante o estudo, você terá a possibilidade de compreender os conceitos essenciais de Anatomia e de Neurofisiologia.

Pensando em fornecer uma visão geral sobre o assunto a ser estudado, elaboramos esse material para estimular seu raciocínio, seu espírito crítico e sua preocupação com as questões relativas à saúde e vida de todos nós seres humanos.

Optamos pela utilizamos uma linguagem clara e acessível, dosando o aprofundamento científico pertinente e compatível com as propostas curriculares estabelecidas para sua ormação como profissional terapeuta, psicoterapeuta, psicanalista ou sexólogo.  

Compartilharemos com você os avanços dos conhecimentos da área de Anatomia e Neurofisiologia, a qual têm permitido melhorar as condições de saúde das pessoas. Nosso empenho  como Instituição formadora em oferecer-lhe um bom material de estudo foi grande.

Esperamos que o material didático deste curso possibilite a compreensão do conteúdo resultando uma aprendizagem significativa. Vamos então! Bom curso para você! 

Caro(a) aluno(a) segue abaixo apostila para acompanhamento de nossa disciplina. Recomendamos que faça o download para o estudo! 

Se preferir faça o download do texto em pdf na opção imprimir (destino) salvar em pdf.

Introdução à Anatomia

A anatomia é uma área da ciência cujo objetivo é o estudo, macroscópico e microscópico, da constituição e desenvolvimento dos seres vivos, analisando a partir daí, sua composição e estruturação, bem assim a forma de como os Sistemas se relacionam entre si.

Por ser o objeto específico de nosso estudo a anatomia humana, e sendo ele (estudo) direcionado ao oferecimento de uma visão mais geral das estruturas e funcionamento biofisiológico dos seres humanos, optamos pela introdução nesse campo do conhecimento através da apresentação de seus Sistemas, pois conhecendo-os, torna-se perfeitamente possível identificar uma permanente interrelação de cada estrutura neles grupadas (Sistemas) e a interdependência existente entre todos os Sistemas para a vida, saúde e bem-estar dos seres humanos – inclusive a influência e repercussões de desarmonias na mente e emoções como  causas de potenciais  disfunções biofisiológicas.

A grande dificuldade inicial encontrada no estudo da anatomia são as terminologias utilizadas – pouco comum aos neófitos – sua localização no corpo humano e a interrelação de cada estrutura em relação às outras.

O objetivo de nosso estudo, portanto, não é o aprofundamento de cada estrutura anatômica, e sim oferecer uma visão geral do funcionamento dos Sistemas que oferecem suporte à vida dos seres humanos e suas interrelações, na forma como pretendemos apresentar, acreditamos será esse estudo bem absorvido e fixado; entretanto, ao estudar anatomia, não podemos deixar de conhecer algumas referências terminológicas de localização que são universais, na medida em que elas, de rotina, são citadas em exames e apresentações do segmento saúde, e daqui para frente, como psicanalistas, necessitamos conhecê-las.

Os estudiosos de anatomia, objetivando facilitar a correta localização espacial das partes do corpo, definiram esses referenciais a partir de planos anatômicos.

Cada um desses planos representa um corte espacial do corpo, facilitando sua visualização/fixação a partir da divisão do todo em partes. Importante nesse processo é o entendimento de que podem ser feitos diferentes cortes num mesmo plano, mantendo-os, no todo, o paralelismo de uns aos outros.

Segue imagem ilustrativa dos planos anatômicos:

Ocorre que, além dos planos anatômicos acima visualizados, ainda existem nomenclaturas indicativas da direção em que você está olhando o todo da estrutura corporal. Esse direcionamento é oferecido a partir da interrelação dos três planos anatômicos a eixos: coronal (frontal), sagital e transverso (axial), os quais, ampliam a visão do corpo em outras dimensões, conforme a seguir apresentamos:

Variação Anatômica

Como o objeto de estudo da Anatomia Humana é o corpo humano, fazem-se necessárias algumas considerações sobre ele. Nos agrupamentos humanos há evidentes diferenças morfológicas, denominadas variações anatômicas, que aparecem em qualquer um dos sistemas do organismo, sem prejuízo funcional. Veja a figura 1.

A grande dificuldade inicial encontrada no estudo da anatomia são as terminologias utilizadas – pouco comum aos neófitos – sua localização no corpo humano e a interrelação de cada estrutura em relação às outras.

O objetivo de nosso estudo, portanto, não é o aprofundamento de cada estrutura anatômica, e sim oferecer uma visão geral do funcionamento dos Sistemas que oferecem suporte à vida dos seres humanos e suas interrelações; na forma como pretendemos apresentar, acreditamos será esse estudo bem absorvido e fixado; entretanto, ao estudar anatomia, não podemos deixar de conhecer algumas referências terminológicas de localização que são universais, na medida em que elas, de rotina, são citadas em exames e apresentações do segmento saúde, e daqui para frente, como psicanalistas, necessitamos conhecê-las.

1. Sistema Respiratório

Em sua essência biofisiológica, o sistema respiratório é responsável pela absorção e condução até os pulmões, no ato da inspiração, do oxigênio (O²) presente na natureza, e pela eliminação, através da expiração, do gás carbônico (CO²) resultante do processo de oxidação das células.

O sistema respiratório, tem no órgão “pulmão” sua referência, porém ele (sistema) é formado, grosso modo, por um conjunto de específicos caminhos de circulação para a condução do O² absorvido e o CO² expelido, os quais (caminhos) se veem estruturados, de modo integrado, pelas fossas nasais, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos, pleura e diafragma.

Os movimentos da respiração – inspiração e expiração – são cíclicos e permanentes, vendo-se realizados, em grande medida, de modo automático (involuntário) – apesar de também poder ser realizado de forma consciente / voluntária. Por ser a respiração essencial à manutenção da vida, seu funcionamento independe de qualquer atuação do pensamento ou ação, sendo ele (funcionamento) comandado pelo Sistema Nervoso Central.

Estruturas do sistema respiratório:

  • Fossas nasais: dois condutos paralelos, revestidos de mucosa, separados por um septo cartilaginoso – esses condutos começam nas narinas e terminam na faringe;
  • Faringe: tubo que serve de passagem tanto para os alimentos quanto para o ar – a faringe, portanto, tanto faz parte do sistema respiratório como do sistema digestório;
  • Laringe: estrutura de ligação entre a faringe e a traqueia – na parte superior da laringe está a epiglote, que é a válvula que se fecha quando do ato de deglutição, impedindo que o alimento vá para os pulmões;
  • Traqueia: tubo situado abaixo da laringe, é formado por quinze a vinte anéis cartilaginosos, cuja função é mantê-la aberta;
  • Brônquios: são ramificações da traqueia (2), e como ela, são também formados por anéis cartilaginosos; os brônquios penetram nos pulmões, dividindo-se em diversos ramos menores, que se distribuem por todo o órgão, formando os bronquíolos – a função dos bronquíolos é transportar o ar até os alvéolos pulmonares, local onde ocorre a hematose (processo de trocas gasosas); o conjunto formado pelo brônquios, bronquíolos, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos é chamado de árvore brônquica – unidade fundamental para o funcionamento do sistema respiratório.

2. Sistema Digestório

sistema digestório humano é responsável por tirar dos alimentos que são ingeridos, todos os nutrientes necessários para manutenção de nossos sistemas vitais. Sua principal função é “partir” o alimento em pedaços cada vez menores, até que eles possam ser absorvidos e transformados pelo organismo – o que não é considerado útil, ele os envia ao órgão excretor para que seja eliminado (intestino grosso).

Existem várias estruturas que participam da digestão: elas vão desde a boca até o intestino grosso/ânus. Cada uma delas possui um nome e uma função específica no sistema, porém seu funcionamento é interdependente, pois nenhuma delas consegue funcionar corretamente sozinha.

A anatomia do sistema digestório segue em uma sequência de fluxo, que se inicia na boca e se conclui no ânus.

  • Boca – a função da boca no sistema digestório é bem maior do que o simples “ingerir do alimento”; ao contrário do que muitos pensam, a digestão de alguns alimentos já começa na boca, mais precisamente daqueles alimentos formados por amido (pão, macarrão etc.) – participam desse processo os dentes, a saliva e a língua;
    • Os dentes ajudam a fazer a transformação física do alimento (corte e trituração), de modo a que ele (alimento), então menor, possa chegar ao estômago com mais facilidade – já que precisa passar por um tubo estreito;
    • A saliva, além de ajudar a umedecer o alimento para formar o bolo alimentar, também possui algumas enzimas que vão iniciar a digestão do amido, transformando-o em maltase – além de também neutralizar a acidez própria de outros alimentos, para que não agridam ao estômago;
    • A língua tem uma importante função, que é a de captar os sabores do alimento, estimulando a produção de saliva, controlando a sua diluição e auxiliando no processo da deglutição.
  • Faringe e Esôfago – depois de mastigado o alimento, ele é engolido; neste momento, ele passa pela faringe e de lá é mandado para o esôfago; o esôfago é uma espécie de tubo por onde o alimento vai desder até chegar ao estômago; por ser bastante estreito, o bolo alimentar tenderia a ficar “preso” em suas paredes, ao que é necessário que ocorram contínuos movimentos de contração e relaxamento para gerar os chamados “movimentos peristálticos”, que vão ajudar o alimento a seguir seu caminho até o estômago;
  • Estômago – é uma espécie de recipiente vazio, que vai armazenar todo o alimento que a ele chega; nele o bolo alimentar será misturado com o suco gástrico, que é formado por várias enzimas como a lipase, a pepsina, a renina e o ácido clorídrico; a partir desse composto – alimento + suco gástrico -, é que o digerir dos alimentos começa a se processar – o alimento passa cerca de três horas para ser processado no estômago; as partes que não podem nele ser diretamente digeridas, são enviados para o intestino delgado, agora com o nome de “quimo”;
  • Intestino Delgado – é no intestino delgado que ocorre a maior parte da absorção de nutrientes pelo organismo; com a bile, o suco pancreático e o suco intestinal, o quimo enviado pelo estomago vai sendo processado e absorvido; o suco intestinal, também chamado de entérico, é uma secreção da mucosa do intestino delgado, ajudando ele na digestão dos alimentos – é composto por várias enzimas.  Ao fim desse processamento, sobra uma substância aquosa e esbranquiçada, que é chamada de “quilo”, a qual é enviada para o intestino grosso para uma última parte do processo digestório;
  • Intestino Grosso – assim que nele chega o “quilo”, a água e os sais minerais são pelo intestino grosso absorvidos, e o que sobra é considerado como excreta, pois não possui utilidade para o organismo, sendo por isso enviado para o reto, e de lá é eliminado do corpo através do ânus; no intestino grosso também existem várias bactérias da flora intestinal que ajudam na produção de vitaminas, como a K e a B12.

Existem uma série de órgãos considerados anexos do sistema digestivo, pois participam indiretamente da digestão. Esses órgãos trabalham na produção das enzimas e sucos digestivos para enviá-las aos intestinos, e assim favorecem a digestão dos alimentos. Esses órgãos são:

  • Fígado – produz a bile, uma substância importantíssima para a digestão;
  • Vesícula Biliar – armazena a bile produzida no fígado, para a liberar no estômago, quando nele houver alimento;
  • Pâncreas – produz o suco pancreático, também muito importante na digestão, mas só entra em ação no intestino delgado.

3. Sistema Endócrino

O sistema endócrino, apesar de sua silenciosa atuação, precisa ser reconhecido e valorizado como um dos que maior importância tem para a homeostase dos indivíduos, Ele é constituído por um conjunto de glândulas, cuja função é a produção dos hormônios, os quais são lançados na corrente sanguínea e percorrem o corpo até chegar aos órgãos/tecidos alvo sobre os quais atuam. De semelhante forma como atua o sistema nervoso, o sistema endócrino exerce, direta ou transversalmente, uma função coordenadora especializada sobre todas as estruturas do nosso corpo físico. O hipotálamo, um grupo de células nervosas localizadas na base do encéfalo, é a estrutura responsável pela integração desses dois sistemas.

Veja o texto apresentado onde encontramos uma tabela sinótica, que de modo bastante didático, sintetiza os aspectos anatômicos e funcionais do sistema endócrino.

4. Sistema Circulatório

Também conhecido como sistema cardiovascular, é formado pelo coração e vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares), sendo ele responsável pelo transporte de nutrientes e oxigênio para todo o organismo, e o retorno, para excreta, dos nutrientes metabolizados e do gás carbónico.

O coração é um órgão muscular, formado por quatro câmaras: dois átrios e dois ventrículos. Essas estruturas são responsáveis pelo recebimento e bombeamento do sangue: as câmaras dos átrios cumprem o papel de recebimento do sangue no coração, enquanto as câmaras dos ventrículos são responsáveis por garantir o bombeamento do sangue para a fora do coração; no coração, há ainda a presença de quatro válvulas, cuja função é impedir o refluxo do sangue ao órgão, o que favorece o contínuo fluxo de sangue do sistema – nesse ciclo contínuo, o sangue, ao longo de 24 horas, por duas vezes passa pelo coração.

Ao longo desses contínuos ciclos, o caminho percorrido pelo sangue obedece a dois distintos circuitos: pequena e grande circulação.

  • Pequena circulação – também chamada como circulação pulmonar, é o caminho que o sangue percorre do coração aos pulmões, e vice-versa. Nesse circuito, o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que se ramifica de maneira que uma segue para o pulmão direito e outra para o pulmão esquerdo; chegando aos pulmões, o sangue presente nos capilares dos alvéolos libera o gás carbônico e absorve o gás oxigênio; agora oxigenado, o sangue arterial retorna dos pulmões para coração, através das veias pulmonares, que se conectam no átrio esquerdo;
  • Grande circulação – também chamada de circulação sistêmica, é referenciada como o duplo caminho percorrido pelo sangue, ou seja, o sangue oxigenado bombeado pelo coração até cada célula do corpo, e seu retorno ao coração, trazendo sangue carregado pelo gás carbônico resultante do processo de oxidação das células (o chamado sangue venoso).

O coração é autossuficiente em seu funcionamento, ou seja, é capaz de, autonomamente, produzir os seus movimentos de contração e relaxamento –  o movimento de contração do coração é chamado de sístole, enquanto que o de relaxamento é denominado como diástole; quando o coração se contrai, bombeia sangue, ao passo que, quando relaxa, enche-se de sangue; a região do coração responsável pelos batimentos cardíacos – sístole e diástole – é chamada de nó sinoatrial, caracterizando-se por ser constituída por um aglomerado de células especializadas, responsáveis por produzir impulsos elétricos.

5. Sistema Muscular

Os músculos são formados por fibras musculares constituídas por células especializadas, capazes de produzir ações de relaxamento ou contração a partir de impulsos de energia controlados pelo sistema nervoso. A coloração avermelhada, característica dos músculos, tem como razão a presença de mioglobina nas fibras musculares – proteína semelhante à hemoglobina, cuja função é armazenar e transportar oxigênio, elemento fundamental para geração das elevadas quantidades de energia demandadas pelas ações de contração muscular e movimento dos indivíduos.

O corpo humano, segundo a visão funcional prevalecente, funciona como se fosse uma espécie de máquina; e para que essa máquina funcione de modo funcional, se faz necessário que os vários sistemas que nela operam trabalhem de forma ordenada e interdepende. O sistema muscular, de modo direto ou transverso, tem atuação nos batimentos cardíacos, nos movimentos respiratórios, nos movimentos da língua, olhos e tantas outras funções desenvolvidas pelos músculos – eles estão presentes e atuam em praticamente todas estruturas do corpo e sistemas. O sistema muscular, além de sua principal função (preencher e sustentar o corpo e os órgãos), também é responsável por produzir a movimentação do corpo – seja ela, externamente, nos deslocamentos do corpo físico, seja internamente na movimentação fisiológica dos órgãos; auxilia também na manutenção da temperatura corporal, além de contribuir com outros sistemas, como p. ex., no sistema cardiovascular, diretamente contribuindo para o contínuo fluxo sanguíneo do corpo, com movimentos de contração e relaxamento do coração e vias de circulação que a ele estão integradas.

O Que é a Neurofisiologia Humana

A neurofisiologia constitui-se ramo da fisiologia, e tem como objeto específico o estudo do funcionamento do sistema nervoso – a neurofisiologia faz parte do campo científico denominado neurociência.

Para melhor entendimento do funcionamento do sistema nervoso, é importante se veja mais bem detalhado os neurônios e seus mecanismos de comunicação. Os neurônios – também chamados de células nervosas – são as células do sistema nervoso, e estão diretamente relacionadas com a propagação do impulso nervoso, ou seja, são os neurônios considerados unidades básicas desse sistema.

O Sistema Nervoso Central

Caro(a) aluno(a), como também podemos observar na apostila da disciplina o sistema nervoso pode parecer relativamente fácil, mas não é. Pois o entendimento sobre o funcionamento dos mecanismos de regulação desse órgão tem sido um dos maiores desafios da humanidade desde a Antiguidade.

Vamos aprofundar nesta aula sobre o sistema nevoso humano e em específico sobre “o sistema nervoso central” muito estudado nas neurociências. 

Cada movimento inconsciente, como o piscar dos olhos, até a ação voluntária de levantar os braços, depende do sistema nervoso. Esse sofisticado mecanismo espalha-se por todas as partes do corpo, trazendo inúmeras informações, transmitindo ordens e estimulando as ações musculares e dos demais órgãos.

Sendo assim, o sistema nervoso constitui uma complexa rede transmissora que possibilita a relação do organismo com o ambiente, seja ele externo (fora do corpo) ou interno (dentro do corpo). 

Divisões do sistema nervoso

O sistema nervoso pode ser dividido em central e periférico.

Representação esquemática evidenciando a organização geral do sistema nervoso central e do periférico.

O sistema nervoso é formado pelas seguintes estruturas:

  • sensoriais, que captam estímulos externos e internos;
  • integradoras, que processam e guardam as sensações nervosas;
  • motoras, que produzem movimentos musculares e secreções glandulares.

O ser humano apresenta o sistema nervoso mais complexo de todos os seres vivos; sendo composto pelo sistema nervoso central (o encéfalo e a medula espinhal) e os ner­vos periféricos, que servem todas as partes do corpo.

Sistema nervoso central (SNC)

Encéfalo

  • Cérebro: Recebe os estímulos dos órgãos dos sentidos, controla a musculatura esquelética (voluntária) e é responsável pela memória e inteligência.
  • Cerebelo: Controla os movimentos e o equilíbrio do corpo.
  • Bulbo: Regula os batimentos cardíacos e a respiração.

Medula espinhal

É um órgão ligado ao bulbo e aos 31 pares de nervos raquidianos que funciona como uma estação retransmissora para o encéfalo. As informações colhidas nas várias regiões do corpo chegam à medula e são retransmitidas ao encéfalo para serem analisadas. Grande parte das ordens elaboradas no encéfalo passam pela medula para chegar ao seu destino.

Sistema nervoso periférico (SNP)

Veja que o nosso sistema nervoso periférico além de ter ligação com SNC é dividido em somático ou voluntário e visceral ou autônomo.

SNP somático

O SNP somático é constituído por nervos e gânglios nervosos. Existem dois tipos de nervos periféricos: os cranianos (12 pares), que partem do encéfalo, e os raquidianos (31 pares), que partem da medula.

Os 12 pares de nervos cranianos atuam sobre os músculos que movem a cabeça e a face e trazem sensações dos órgãos dos sentidos. Já os 31 pares de nervos raquidianos trazem os estímulos da pele e dos órgãos viscerais (nervos sensitivos) e levam estímulos para a musculatura do corpo (nervos motores).

Nervos

Os nervos são conjuntos de fibras nervosas (axônios ou dendritos) envolvidos por tecido conjuntivo, com vasos sanguíneos que nutrem essas fibras. Os nervos transmitem impulsos nervosos das diversas regiões do corpo para o SNC e vice-versa.

Os nervos são classificados em:

  • sensitivos (aferentes);
  • motores (eferentes);
  • mistos (formados por fibras motoras e sensitivas).

As fibras nervosas sensitivas levam os impulsos do ambiente externo (pele) e interno (órgãos) até o sistema nervoso central. Esses impulsos passam pela substância branca da medula e chegam ao encéfalo, onde são interpretados. Em resposta, as fibras nervosas motoras transmitem os impulsos do SNC até o local estimulado como os músculos.

SNP Autônomo

O SNP autônomo é constituído por nervos simpáticos e parassimpáticos que agem de forma contrária, ou seja, quando um inibe, o outro estimula determinada função e vice-versa. Na verdade, o sistema autônomo regula as atividades que não dependem de nossa vontade, como os batimentos cardíacos, os movimentos peristálticos, a contração ou dilatação das pupilas, o controle da musculatura da bexiga, etc.

Sistema Nervoso Central em movimento

O Sistema Nevoso Central (SNC)

Caro(a) aluno(a), a neurociências a anos vem estudando as variações do sistema nervoso central.

Cada movimento inconsciente, como o piscar dos olhos, até a ação voluntária de levantar os braços, depende do sistema nervoso. Esse sofisticado mecanismo espalha-se por todas as partes do corpo, trazendo inúmeras informações, transmitindo ordens e estimulando as ações musculares e dos demais órgãos.

Sendo assim, o sistema nervoso constitui uma complexa rede transmissora que possibilita a relação do organismo com o ambiente, seja ele externo (fora do corpo) ou interno (dentro do corpo). 

O sistema nervoso central contém dois órgãos: o cérebro e a medula espinhal. Tem todos os quatro tipos de células nervosas e é o único lugar onde você pode encontrar inter-neurônios. O sistema nervoso central está bem isolado do mundo exterior. Nunca toca em sangue. Ele obtém seus nutrientes do líquido cefalorraquidiano, um líquido claro que banha o cérebro e a medula espinhal.

Ambos os órgãos são cobertos com três camadas de membranas chamadas meninges. As meninges e o líquido cefalorraquidiano amortecem o cérebro para impedir que ele seja ferido por uma pancada na ponta. É possível contrair uma infecção por vírus ou bactérias nas meninges chamadas meningites. Também é possível ter sangramento entre as meninges e o crânio (chamado de hematoma epidural) ou entre as camadas das meninges (chamado hematoma subdural). Qualquer sangramento ou infecção dentro do crânio pode pressionar o cérebro e causar mau funcionamento.

Sistema Nervoso Central em movimento

sistema nervoso detecta estímulos externos e internos, tanto físicos quanto químicos, e desencadeia as respostas musculares e glandulares. Assim, é responsável pela integração do organismo com o seu meio ambiente.

Ele é formado, basicamente, por células nervosas, que se interconectam de forma específica e precisa, formando os chamados circuitos neurais. Através desses circuitos, o organismo é capaz de produzir respostas estereotipadas que constituem os comportamentos fixos e invariantes (por exemplo, os reflexos), ou então, produzir comportamentos variáveis em maior ou menor grau.

Estrutura do Neurônio

O Neurônio

A célula nervosa, ou, simplesmente, neurônio, é o principal componente do sistema nervoso. Considerada sua unidade anatomo-fisiológica, estima-se que no cérebro humano existam aproximadamente 15 bilhões destas células, responsável por todas as funções do sistema.

Existem diversos tipos de neurônios com diferentes funções dependendo da sua localização e estrutura morfológica, mas em geral constituem-se dos mesmos componentes básicos (conforme imagem acima – estrutura de neurônio)

Neurônios e o impulso nervoso

Notem que, no axônio, temos a bainha de mielina, formadas pelos Oligodendrócitos, que ajudam e muito na velocidade da condução do impulso nervoso, como podemos observar na imagem acima.  

Como as pessoas se comunicam e como os neurônios se comunicam
Antônio Teixeira
Professor/Mestre

Professor Universitário com mais 20 anos de experiência, Doutor em Saúde, Psicanalista, Mestre em Administração e Saúde, Possui Graduação em Odontologia, Direito e Administração. Também atua como Terapeuta Integrativo e Complementar em Saúde, Reiki Japonês e Tibetano, Programação Neurolinguística (PNL). Foi professor da FGV, Gama Filho, Diretor Acadêmico, Coordenador de Pós-graduação.

Ao final de cada disciplina o(a) aluno(a) deverá realizar Prova Avaliativa (P.A), questões de múltiplas alternativas sendo sempre uma correta. 

 

Dica para realização da prova avaliação: Estude todo material do curso e da apostila, bem como se possível faça a impressão para acompanhar os temas, as vídeoaulas e podcasts.  

Boa Avaliação!