Clínica Psicanalítica Abordagem: Adulto – 60h   

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Fórum – Clínica Psicanalítica Abordagem: Adulto

CLÍNICA PSICANALÍTICA ABORDAGEM - ADULTO

Seja bem-vindo(a) a disciplina – Clínica Psicanalítica Abordagem: Adulto

Caro(a) aluno(a),
É com enorme satisfação que apresentamos de nosso curso e  durante o estudo dessa disciplina, você terá a possibilidade de compreender os conceitos essenciais para atuação na área.

É com muito prazer que me dirijo a você neste momento: espero sinceramente, que as informações aqui contidas sejam suficientemente úteis para tornar sua jornada estudantil mais proveitosa. Esperamos que o material didático possibilite a compreensão do conteúdo resultando uma aprendizagem significativa.

Vamos então!

Introdução

Caro(a) aluno(a), a clínica psicoterápica adulto talvez seja dentre as clínicas uma das mais complexas. Exige do analista a compreensão dos conteúdos analíticos e do próprio manejo clínico.  

Diagnosticar a partir da orientação psicanalítica a fonte de um problema é a melhor alternativa para curá-lo. No entanto, se entender e se conhecer não é uma tarefa fácil e todos que já tentaram passar por esse árduo caminho sabem disso.

No início do ofício do analista, se deparar com situações desafiadoras é de fato um exercício para crescimento profissional.  Nesta Disciplina iremos aprofundar sobre as dúvidas e inseguranças a respeito do funcionamento da psicoterapia psicanalítica de adultos. 

Caro(a) aluno(a) segue abaixo apostila para acompanhamento de nossa disciplina. Recomendamos que faça o download para o estudo! 

Se preferir faça o download do texto em pdf na opção imprimir (destino) salvar em pdf.


Segue abaixo Modelo de Relato Analítico Formato Word

MODELO DE FOLHA ANALÍTICA – CONSULTA PSICANALÍTICA – REGISTRO PACIENTE

O Inconsciente na Clínica Adulto

Para a psicanálise, o inconsciente é um fator de extrema importância. É nele que se encontram as pistas para se entender o comportamento atual do paciente, que geralmente mascara um trauma passado.

Esse desvio traumático pode resultar em reações físicas diversas, como por exemplo, dermatites, problemas gástricos, enxaquecas, alergias, disfunções cardíacas ou mesmo a perturbação do desejo sexual; também pode provocar sintomas psicológicos como ansiedade, fobias, esgotamento mental e depressão. O psicanalista tem o desafio de procurar entender essas “pistas” e tirar delas toda a cobertura, toda a fantasia, tudo aquilo que a faz obscura.

Dessa forma, a psicoterapia psicanalítica de adultos procura deixar claro (consciente) ao próprio analisando a natureza de seus problemas e se torna mais fácil cortar o mal pela raiz.

A Concepção de Sujeito para a Psicanálise em Adultos

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Esses traumas que intervêm em nossas vidas atualmente são formados junto ao nosso desenvolvimento como sujeitos: ou seja, os traumas geralmente nos acompanham desde a infância.

Essa situação faz com que os meios de lidar com esses problemas também sejam desenvolvidos na infância e, como o adulto não aprende a desenvolver outras formas de enfrentamento, acaba se valendo dos métodos infantis pelo resto da vida. Insegurança, ciúmes, impulsividade e dependência são exemplos desses rastros deixados pela criança que foi exposta à complicação.

Mas, geralmente, essa presença da problemática infantil não é de fácil percepção, o que torna importante a psicanálise em adultos. O analista será a pessoa que o ajudará a encontrar e resolver essas adversidades dentro de você mesmo.

O Poder da Fala e a Escuta

Levando-se em consideração toda a problemática exposta anteriormente, resta abordar a maneira como é feita a psicoterapia psicanalítica em adultos. A terapia tem como base o poder da fala, que deve ser respeitada e livre de julgamentos. Assim, sabendo da liberdade concedida às suas palavras e que a função do analista não é julgar o que você pensa, o analisando deve falar tudo o que vem à sua mente, com a menor censura possível e deixar de lado todas as mentiras inclusive as que conta para si mesmo.

Procedimento Analítico

O procedimento analítico mais importante é a interpretação. Todos os outros procedimentos estão a ela subordinados, na teoria e na prática. Todos os procedimentos analíticos ou são medidas que levam a uma interpretação ou medidas que tornam eficiente uma interpretação.


O termo “analisar” é uma expressão compacta que abrange as técnicas que aumentam a compreensão interna (insight). Em geral, inclui quatro procedimentos diferentes:

  • Confrontação: É o primeiro passo a ser dado para a análise de um fenômeno psíquico. O fenômeno em questão tem que se ter tornado evidente, tem que ter ficado explícito ao ego consciente do paciente, eresume-se em interpretar o motivo que possa ter um paciente para evitar um determinado assunto. O analista deve, primeiro, fazer com que o paciente enfrente o fato de estar evitando alguma coisa.
  • Esclarecimento: Somos levados ao esclarecimento, que é o próximo passo, pela confrontação que é o primeiro passo. Estes dois procedimentos se confundem, mas é importante separá-los porque há circunstâncias em que cada um deles pode causar problemas díspares. Os detalhes importantes precisam ser desenterrados para esclarecer todos os fenômenos psíquicos.
  • Interpretação: É o terceiro passo da análise. É este processo que distingue a Psicanálise de todas asoutras psicoterapias porque, em Psicanálise, a interpretação é o instrumento decisivo e  Todos os demais preparam para a interpretação e, interpretar significa tornar consciente um fenômeno inconsciente. Mais objetivamente, significa tornar consciente o significado, a fonte, a história, o modo ou a causa inconsciente de um determinado fato psíquico. É muito comum um esclarecimento levar à interpretação que conduz novamente a um esclarecimento posterior. 
  • Elaboração(working through): É o quarto procedimento na análise. Abrange um conjunto complexo de procedimentos e processos que ocorrem depois que há uma compreensão interna (insight). O trabalho analítico que possibilita que uma compreensão interna provoque uma mudança é o trabalho da elaboração. Além de ampliar e aprofundar a análise das resistências, as reconstruções também têm uma importância especial. A elaboração põe em movimento uma variedade de processos circulares nos quais a compreensão interna (insight), a memória e a mudança de comportamento se influenciam reciprocamente. 

A clínica psicanalítica exige do analista uma comunicação efetiva para resultado no processo analítico, ou seja, é parte da transferência.

Alessandro Euzébio – Psicanalista e Professor Universitário

Os Métodos de Exploração do Inconsciente

Roland Dalbiez apresenta dois métodos de exploração do inconsciente: Associativo (O método associativo visa a um duplo resultado):

  • Desrecalcamento;
  • Interpretação

A Livre-Associação

A única regra que ele impõe ao paciente é aquela da associação livre: o paciente deve dizer tudo que lhe passa pela mente, seja o que for.

O analista não faz perguntas em forma de questionário. Naturalmente, é bastante difícil cumprir esta regra da associação livre e ninguém é capaz de pôr de lado todas as restrições e conveniências que impedem, na vida diária, de ser franco e sincero. A vida social obriga a uma certa hipocrisia, pois que seríamos insuportáveis se disséssemos a todos aquilo que pensamos intimamente.

Mas o psicanalista não pode abandonar a técnica da associação livre, porque são justamente as resistências contra tal sinceridade que lhe fornecem o material indispensável para o estudo e compreensão das desordens mentais.

O Método de Exploração do Inconsciente Segundo Roland Dalbiez

Quando comparamos a exposição que dele fazem os diversos psicanalistas, verificamos que alguns insistem exclusivamente no desrecalcamento e outros na interpretação. Nenhum desses dois aspectos do método deve ser desprezado em detrimento do outro. A interpretação só não basta. Isto é claro quando há inconsciência das causas. Embora seja um sintoma dependente de uma lembrança esquecida da infância a reconstrução do conteúdo dessa lembrança por meio da inferência causal é um processo absolutamente original. Assim como a sensação é caracterizada pela referência intuitiva à existência atual do seu objeto, a lembrança implica no que se poderia chamar a referência intuitiva à existência passada de seu objeto. Pode parecer paradoxal falar de intuição do passado, mas se reflete acerca do problema das certezas existenciais.

Quer se refiram ao presente ou ao passado, ter-se-á a noção de que elas formam um mundo à parte. As existências presentes se verificam e não se demonstram ou, se se demonstram, é somente na condição de apoiar-se numa premissa essencial, a qual foi por sua vez é verificada e não demonstrada. Este caráter de verificação do presente no próprio fato de sua existência é transmitido pela sensação à lembrança. Por isso, um abismo separa o rememorado reconstruído. A lembrança que tenho de um eclipse que vi, e o conhecimento que me fornece o cálculo astronômico de um eclipse que se realizou dois mil antes de meu nascimento são impossíveis de mensuração. É de admirar que se desconheça tal evidência.

Ninguém a teria retido, se não estivesse ligada à discussão entre o realismo e o idealismo. A noção de tempo sempre foi uma pedra de toque para os sistemas idealistas. Lembremos especialmente que a aceitação da irredutibilidade da lembrança conduz a uma concepção realista da memória e do inconsciente. É precisamente esse realismo que alguns filósofos criticam na Psicanálise. Queremos simplesmente relembrar o fundamento filosófico das asserções repetidas por Freud sobre a insuficiência da interpretação e a necessidade do desrecalcamento. “O que nós sabemos do inconsciente”, escreve o psiquiatra vienense, absolutamente não coincide com o que dele sabe o doente; quando lhe comunicamos o que sabemos, ele não substitui seu inconsciente pelo conhecimento assim adquirido, mas coloca-o ao lado do que permanece mais ou menos inalterado.

A primeira condição de exploração do inconsciente é, pois, a realização do desrecalcamento ou, se preferirmos, da libertação funcional. As funções psíquicas superiores controlam normalmente as funções inferiores. Trata-se de fazer cessar momentaneamente esse controle, de modo a obter a emersão no campo da consciência do psiquismo inferior.

Para obter a inibição interna do psiquismo superior podem empregar-se três processos:

  • Agentes farmacodinâmicos (somente médicos habilitados na forma da lei poderão utilizá-los);
  • A hipnose;
  • Suspensão temporária da inibição interna do psiquismo superior que consiste em suspender voluntariamente o exercício da autocrítica e da auto condução.

O que acaba de ser explicado sobre dissolução das resistências pela interpretação mostra que há causalidade recíproca entre o desrecalcamento e a interpretação. Um mínimo de desrecalcamento realizado voluntariamente permitirá obter um material associativo no qual a interpretação discernirá e dissolverá resistências automáticas, cujo desaparecimento permitirá um desrecalcamento mais completo. Eis por que dizíamos ao início que os dois processos desrecalcamento e interpretação não devem ser separados. Falando do desrecalcamento e da interpretação, fomos levados a mencionar a interpretação. É chegado o momento de estudá-la. A interpretação é fundada, sobre a noção de expressão psíquica, noção que precisamos agora justificar. Para isso, partiremos da ideia de sinal. Um sinal é uma realidade cujo conhecimento conduz a uma outra realidade distinta da primeira (em vez de “sinal” pode-se dizer “índice”). Eis um guarda-caça que examina pegadas no chão de uma floresta.

A realidade que se manifesta aos seus sentidos é uma forma geométrica impressa na terra úmida. Disso o guarda conclui uma outra realidade: a passagem recente de um veado galheiro. A pegada pode, pois, ser considerada sob um duplo aspecto: ela é um efeito e um sinal, dizemos um efeito-sinal. Enquanto sinal, seu conhecimento condiciona ao contrário a passagem do veado.

Segue link do video complementar “Transferência Negativa e Contratransferência (Sessão de Terapia, Breno)” do canal “Marcelo Moya”

https://www.youtube.com/watch?v=j1H4RpmcxZY


Alessandro Euzébio
Mestre em Psicanálise
Docente GAIO

Diretor Acadêmico, Professor Universitário. Psicanalista, possui experiências clínicas e atuação com: Psicoterapias breves de orientação psicanalítica, psicanálise, sessões analíticas de crianças, adolescentes e adultos, Clínica Lacaniana e Psicoterapia Reichiana corporal (Wilhelm Reich) como método para de tratamento de desordens mentais. Como Professor Universitário tem experiências em docências para cursos de Saúde (Enfermagem, Psicologia) na área Sociais (serviço social, sociologia e filosofia, sociais aplicadas (administração, direito, RH e curso de Gestão). Tem experiências no Ensino Superior Privado e Público desde 2011. Professor Universitário em Faculdade de São Paulo, Faculdade Carlos Gomes, Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Universidade Brasil (UB) e Universidade Paulista (UNIP). Idealizador e Responsável Técnico pelo Projeto Jovem Social – SP que atua com Formação de Jovens Sociais nas comunidades Periféricas da Zona Leste de São Paulo. Psicólogo e Assistente Social.  

Solicite a Supervisão Clínica!

A Supervisão Clínica é a última etapa do tripé. Para que o(a) aluno(a) possa cumprir a supervisão, deverá atender através da nossa clínica social no mínimo 2 (dois) pacientes durante 10 (dez) sessões gratuitas cada. Após conclusão das 10 (dez) sessões, o(a) aluno(a) irá elaborar o relatório de um(a) dos(as) analisandos(as) referente a primeira até a decima sessão (o relatório é somente de 1 paciente).

Antes de realizar a solicitação, o(a) aluno(a) precisa atender aos seguintes pré-requisitos:

  • Estar no Módulo III;
  • Ter concluído a disciplina: Clínica Psicanalítica e Casos Clínicos Psicanalíticos I – 120h;
  • Ter concluído o pilar de análise pessoal (seja no Instituto GAIO ou no particular);
  • Estar em dia com as mensalidades do curso;
  • Ter no mínimo 90 dias de matriculado(a)  no curso.

O(a) aluno(a) poderá solicitar a supervisão no Portal do Aluno. No preenchimento do formulário, o(a) aluno(a) que fez suas análises análises pessoais com um(a) psicanalista externo(a), precisa anexar a declaração de cumprimento da análise pessoal quando for solicitar a supervisão (obs: precisa pedir para seu/sua analista a declaração). Se você fez as análises pelo Instituto GAIO, não precisa de declaração, basta enviar um e-mail para clinica.social@institutogaio.com.br informando o número de sessões que foram realizadas e o nome completo do(a) seu(sua) analista. A coordenação irá analisar o pedido e retornará em até 3 dias úteis.

Dúvidas entre em contato com a Coordenação da Clínica Social:

E-mail: clinica.social@institutogaio.com.br

Telefone: (11) 3101-9400

Onde Solicitar?

Orientações para Certificação

Caro(a) aluno(a), você chegou até aqui, parabéns pelo seu empenho!

Após a conclusão dessa última atividade, caso tenha cumprido todo os três pilares da formação em entre em contato com a Equipe de Secretaria Acadêmica para as orientações sobre o encerramento do curso e certificação.


Quer Saber Mais sobre a Pós-graduação para Dupla Certificação?

Se você possuir alguma graduação de nível superior, você tem a possibilidade cursar a Pós-graduação em Psicanálise Clínica e Intervenções Clínicas – 540h e Pós-graduação em Psicanálise, Psicopatologia e Saúde Mental – 540h certificação pelo Instituto GAIO e FGE/Grupo UNIFATEC. Conclua seu curso livre com mais uma certificação em psicanálise.  Veja sobre a Dupla Certificação no link abaixo: 

https://www.institutogaio.com.br/dupla-certificacao-formacao-livre-em-psicanalise-clinica/

Ao final da disciplina, o(a) aluno(a) deverá realizar prova avaliativa, questões com alternativas de múltipla escolha sendo sempre uma correta.

 

Dica para realização da prova: Estude todo o material, se possível faça a impressão para acompanhar os temas, as vídeoaulas e os podcasts.  

Boa Avaliação!